sexta-feira, 25 de maio de 2012

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A isto chama-se desespero. A isto chama-se uma escolha carregada de simbolismo que poderá passar despercebida a muita gente. A isto chama-se um mundo às avessas, onde acontecem milhares de outras atrocidades cometidas aos outros ou aos próprios,  por maldade ou desistência. O meu objectivo diário é enquadrar-me neste mundo onde habito, imerso em  realidades próprias à nossa natureza. No fundo habituar-me ao Homem tal e qual ele é.

( O estado da desesperança enquanto estrutura, trata tristeza pela realidade circundante. Não é uma doença, é uma estrutura mental, que não tem a ver com um estado depressivo enquanto perturbação. Dizem os entendidos que no final desse estado chegaremos a uma clareza de ideias que nos permite a compreensão sem o desanimo. Eu, honestamente, e encarando a minha distância real ao destino de Ser evoluído, considero esse patamar uma impossibilidade declarada.)


8 comentários:

  1. Até se pode chamar desespero, no sentido em que já só existe desesperança, convém contudo alertar que uma estrutura mental mais burilada pelas circunstâncias, ou mais moldada, com maior domínio de plasticidade, a desesperança chega mais tarde, mais no limite relativo das vicissitudes quotidianas. Porquanto, uma forte estrutura não se queda facilmente pela desestruturação cognitiva ou irracionalidade; mas faz escolhas, mesmo que subconscientes, pela sobrevivência. Obviamente, em nada encerro juízos de valor.

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  2. Sim sim, claro. A desesperança que encerro no parênteses não é a que falo primeiramente, essa uma verdadeira doença, uma perturbação, o tal desespero. A que falo no parênteses é um estado estrutural onde muita gente vive por encontrar uma realidade dura e injusta... Não sei se me explico, até porque mistura duas coisas denominadas por uma mesma palavra, mas que nada têm a ver uma com a outra... É uma estrutura mental que a bem ser irá dar lugar a um patamar superior de existência, quando nos adaptamos de tal forma ao mundo, que ele já não nos faz doer. É esse o estado que eu questiono...

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  3. Questionas bem, CF, mas eu não. Sem sobrancerias, acredito que se se ultrapassar estruturadamente este patamar obscuro, seremos desesperadamente indestrutíveis. Um pormenor: há quem consiga e quem não. E sobre isso não ajuízo, como em quase nada. :)

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  4. :):) Quem se debruça na teoria considera o patamar máximo da existência, pela plenitude onde se chega. Engraçado, nunca o tinha colocado nesta perspectiva que colocas, mas não deixa de ser uma obscuridade. Uma robustez psíquica demasiada...

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  5. querias dizer robustez ou rebuscadez...? Hmm, confessa lá... :):)

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  6. Hum... Robuscadez não existe, mas a existir também poderia ser :)

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  7. AAiii, rebuscadez e não robuscadez...

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  8. Que horror... estou sem palavras, começa a ser preocupante, para lá do aceitável( como se o aceitável fosse quantitativo....) Comovi-me...

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