domingo, 28 de junho de 2009

Da importância das coisas...


Ontem, jantar de parolas. Óptimo, como sempre, mas com menos uma que se encontra afincadamente a queimar a pestana ( Insiste, insiste; força amiga, tu consegues)... As conversas deambulam como sempre nos mesmos assuntos. Amores, platónicos e reais, desamores, pseudoamores, paixões, sentimentos diversos... A noite prolonga-se um pouco para além do habitual, e hoje acordo cedinho, mas feliz... Uma boa noite, e uma boa manha. Percalço no caminho, e ossos do ofício de quem veste a camisola, tive de passar no local de trabalho.
Fui convocada exactamente no momento em que me preparava para dormir uma sestita ( e das merecidas, acreditem). Logo hoje, depois de noitada, balbucio... Visto o que me vem à mão, e lá vou, a resmungar sozinha, isto e aquilo, patati, patatá, porque é que eu não fui arquitecta, ou advogada, ou política ( isso sim, é que era)...
No meu local de trabalho, encontro uma Senhora, que muito prezo, que visita o pai. Noto imediatamente uma tristeza séria, implicita nos seus olhos. O pai, encontra-se bem, dadas as circunstâncias que a idade e a doença lhe permitem. Ela, por sua vez, também ( fisicamente falando); mas a sua filha, de trinta e muito poucos anos, descobriu recentemente uma doença maligna. Daquelas que fazem tremer o chão, e que tornam o futuro ainda mais incerto do que já é habitualmente... Fico estranha. Vou ouvindo a mãe, uma Senhora com um S muito grande, com uma tristeza do mais profundo que deve existir na vida. Seguro-lhe na mão. Não posso fazer-lhe muito mais. Sinto-me impotente, e triste pela tristeza dela...
E hoje, não me reservo mais o direito, de barafustar por ter sido obrigada, a dar um saltito no meu local de trabalho. Quem me ouvisse à um bocado nos meus devaneios, até era capaz de achar que eu tinha um problema. Mas não tinha, de facto não tinha...

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