quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mandos

Triste é ainda haver quem se julgue dono do corpo de alguém. Como se um ser humano pudesse ser pertença, perdendo aqui qualquer acesso à individualidade. Como se os direitos fossem esquecidos, e apenas existisse a vontade de quem por alguma manobra interna, de pouca nobreza e muito pretensiosismo, se julga capaz de mandar. E ainda mais triste é o governado não ter a ousadia de se sobrepor, o que no fundo não seria mais do que existir. E se deixe amarfanhar por imposições alheias, arbítrios que não são seus, decisões que lhe são externas. Pudesse eu mudar o mundo, e dotaria as almas submissas de poder de mudança. E deixaria as opressoras sozinhas, sem terem em quem mandar. Talvez fosse aí que aprendessem a gerir-se a elas próprias.

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