Ás vezes, na futilidade das séries onde ponho os olhos, descubro apanágios dignos de referência. Entre os batons cor de rosa, as traições mirabolantes e as típicas neuroses femininas, existem os momentos que nos fazem pensar qualquer coisa. Ás vezes, nem me apeteciam. Digam o que disserem, achem o que quiserem, mas há dias que a última coisa que me apetece é pensar. O que me urge, na imensidão da noite, é postar os olhos em algo que verdadeiramente me alheei do mundo, me faça sorrir, e me extradite, assim, para parte indeterminada. Nesses dias, reservo-me ao direito de não ver telejornais, onde as desgraças reais e fabricadas, surgem em catadupa. Há quem se alimente delas, como para fazer crer que afinal, a sua vida de miséria, não é tão miséria assim, só porque existe miséria maior. Nunca me alimentei disso. Esteja bem, mal ou assim assim, a felicidade dos outros sempre me fez bem ao espírito, e fico feliz que assim seja. Voltando ás séries, ontem, num estúpido episódio das Donas de Casa Desesperadas, encontro uma verdades entranhadas valiosas. Parece impossível, mas foi. Num qualquer outro dia, seriam de valor, uma coisa boa de se ouvir, ou assim. Ontem, particularmente ontem, dispensava todos os pensamentos que dai decorreram. Mudei de canal. Vale-me ainda o meu poder de auto defesa, por demais treinado. Na tentativa de fugir aos devaneios, nem me apropriei bem do que dava por ali. Fechei os olhos e adormeci.
Olá CF, concordo contigo quando dizes que há futilidades uteis que nos salvam dos nossos próprios pensamentos e angústias. Não acho que se posso intitular alguem de futil pelas series que vê, ou porque gosta de moda e de beleza. Futil é quem não respeita os outros e quem não é humilde para saber que em tudo se aprende sempre algum coisa. Pelo menos para mim.
ResponderEliminarTambém eu adoro distraír-me com essas séries e tal como tu, aprendo sempre qualquer coisa enas situações que nos encaixam como luvas.
Beijinhos de bom fim de semana.