quarta-feira, 29 de junho de 2011

Das escolas, esquerda, direita...

A história do ensino, dos cheques, da direita e da esquerda, já me fez ler posts e comentários que nunca mais acabam, um exagero, tendo em conta que todos, não passam de meras opiniões, tal e qual como a minha, que passo a expressar. Eu, pessoalmente, sou manifestamente contra as escolar privadas. Não me encontro dentro daquela fasquia da população que critica o que não atinge, embora este último, não deixe de ser um facto. Mas só em minha defesa, e para que me compreendam, não atinjo hotéis de 5 estrelas a seguir ao nome, mas gosto deles que me farto, e das poucas vezes em que depositei o lombo num, aproveitei ao ínfimo pormenor tudo o que me ofereciam, desde a massagem, ao bacon com eggs, passando pelas toucas de banho que trouxe para casa. Gosto deles, e acho-os um bem, longínquo, mas um bem. As escolas privadas, deixam-me, na sua generalidade, em sérias deambulações. A dimensão da protecção, por exemplo, é uma das que me causa reprovação, pois julgo que o mundo é um local para se crescer e se viver, e não um local onde deveremos ser guardados da envolta. Até porque, mais cedo ou mais tarde, a envolta entra-nos porta adentro, e quanto mais cedo nos tornarmos dotados de meandros de defesa e protecção, melhor para a nossa sobrevivência. Quanto ao rigor do ensino que se pratica, admito boas escolas privadas, como boas públicas, e vice versa. Aí, a essência, nem está somente na escola em si, enquanto nome ou definição de estatuto, mas passa por professores, auxiliares ( tantas vezes esquecidos, e de importância fulcral), directores e por aí fora, e acredito que exista tudo isto bom no público, tal e qual como no privado, exactamente como por certo, o oposto também será verdade, em ambas as situações. Não quero com isto dizer que se devam atirar criancinhas finas, no meio dos negros mal comportados da Brandoa. Pobres delas, dariam de si. Tal como não misturamos num mesmo espaço, e enquanto adultos, gentes ditas de bem, vindas da Linha, com gentes ditas inferiores, nascidas na Curraleira. Não combina, pronto, que não somos todos iguais. O que quero com isto dizer, é que as teorias da igualdade suprema são lindas de ler, mas difíceis de praticar. E que cada um deve escolher o que bem lhe apetecer, puder e quiser, dentro do bom senso que lhe aprouver, sem dever ser apontado por isso, seja qual for a escolha que fizer. E quero dizer ainda que o investimento no ensino deverá ser uma prioridade suprema, sem a qual deixaremos pelo caminho gente em formação, que para agravar apareceu neste mundo numa época sofrida, submergida numa crise digna de referência, e que deve ser dotada de um conjunto de faculdades mais do que essenciais. E se tal acontecer, todos os estabelecimentos serão dignos da qualidade necessária e do nome Escola, que seria o caminho ideal, e deixaria este critério de escolha, muito mais livre. A propósito, sou de direita, se é que isso importa. O meu filho, anda no agrupamento escolar da cidade, juntamente com o cigano moreno, a Francisca filha de Pais de bem, mas que acharam que deveria fazer-se à vida, e com o Fábio, que passa fome. Muitos dias divide o lanche com ele. Tem uma excelente professora, a quem não aponto um único dedo, um Director esforçado, mas que não consegue milagres. A comida do refeitório não é grande coisa, e não existe ginásio, pelo que treinam desporto ao sol. As auxiliares são medianas. Se um dia ele vai ser mais pequeno por estar ali? Não me parece.

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