Quiseram ofertar-me um gato, muito pequeno, peludo, e de olhos azuis. O bichano, chegou a olhar-me de perto, ciente que estava do poder do seu encanto. Com pena minha, tive de recusa-lo. A possibilidade de vir a ter os seus pelos espalhados pela minha casa, deixava-me em ânsias. Não por mim, mas pelo meu filho, que se esvai em espirros, mal lhes sente a proximidade. O pobre foi levado e entregue a outra sorte. Não gosto destas incertezas sobre futuras pertenças. Dão-se seres vivos, tal e qual se dão coisas. A esta hora, provavelmente, estará em alguma casa que o acolheu, limpo e cuidado. Ou então, em algum local vazio e frio, sem qualquer tipo de aconchego. Ou ainda em um outro sítio, que podem ser tantos. Demais.
Em tempos tive uma gata de nome Be. Nunca me esquecerei dela.
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