terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Histerias

Embora importe, nem chamo agora ao caso a gravidade dos crimes cometidos pelo alegado estripador de Lisboa. Apraz-me agora dissertar o estranho fenómeno da ambição, e até onde ele pode levar o ambicioso. Se estripou, vamos pôr a público, não porque foi crime a carecer de intervenção, mas porque se pode ficar famoso. Se não estripou, inventa-se, porque alguém há-de ter estripado, e é sempre um assunto que com jeito e sapiência, pode desaguar na fama. Ambas fabulosas, portanto. Não deixa porém de ser interessante, a capacidade do ser humano de se fazer ao protagonismo. Aquela velha máxima do se não for notado por bem, que seja notado por mal, nunca me fez tanto sentido. Um sinal claro de neurose histérica, atribuída frequentemente ao público feminino, mas tão típica também no masculino. Estou aqui, não vêm? Então se ainda não viram, vão ver.
Temos mais histéricos na praça, obviamente. Não digo nomes, mas podem tentar adivinhar.

1 comentário:

  1. Não tenho acompanhado o caso mas, daquilo que vi e ouvi, tudo me pareceria estranho se o mundo não andasse às avessas :):)

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