sábado, 21 de abril de 2012

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Tenho dias, em que num excessivo abuso, me apetece entrar dentro de alguém para além do razoável. Nesses dias consciencializo perfeitamente as minhas fraquezas, a grandeza da individualidade humana, e normalmente no final de tudo entro num estado tranquilo, pela nossa natureza. Não somos perfeitos, longe disso. Mas reunimos essências fundamentais para que possamos ser nós e mais ninguém. A poder, a ser-me permitido,  invadiria certos espaços onde atenuaria as dores, lamberia as feridas, apaziguaria o sofrimento. No fundo apoderava-me do que não é meu, impediria evoluções, roubaria à descarada um crescer que não me pertence.

( Cada vez mais encontro perfeições encarnadas no nosso funcionamento. Perfeições essas que questionamos, que contestamos, que eliminaríamos num momento de fúria maior, para logo depois nos tornarmos insignificantes.)

3 comentários:

  1. Estou a ver... um pouco do outro pela perdição exangue. Ou como no reino das possibilidades, nada mais impossível que não "nós". Uma pitada de erotismo também fica bem. :))

    Muito bem, bons posts!

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  2. Também existem dias em que me apetece que me poupem o trabalho de grandes dissertações, adivinhando-me tristezas e cansaços :), pelo que essa vontade pode muito bem ser, por vezes e para alguns, uma espécie de bênção.

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