sábado, 3 de outubro de 2009

Das autárquicas...

O calor entope-me a alma. Saio, pela manha, e encontro um dia quente, apesar de cinzento. Na estrada, dezenas de ciclistas envergam umas camisolas verdes, ou azuis, nem sei bem, e pedalam efusivamente atrás de uma carrinha de campanha eleitoral. O nosso actual Presidente do Concelho também vai no grupo. Com o seu natural ar de sonso. A música toca alto, e mistura-se com a de uma outra carrinha, que apregoa uma espécie de pessoas independentes que resolveram reunir-se em prol da terra, dizem elas. Tento acreditar que sim Senhor, mas estes ajuntamentos já me soam na maioria das vezes, a tentativas de evolução em prol do bolso. Digo eu. Ando quase anti-política. Se nas Legislativas andei indecisa, acabando por dar o meu voto ao meu partido de eleição, não por favoritismo do candidato, mas por falta de oportunidades, agora, nas Autárquicas, fico arrepiada.
De um lado, o Guru, que já fez o que tinha a fazer e não fez muito. Do outro, uma Candidata ambiciosa, que se rodeia de gente assim assim, para não dizer escumalha, salvando as devidas exepções. No meio, uns e outros, que encontro por aí com ar de quem não sabe dirigir uma casa, quanto mais um Concelho. Lá está ela como de costume, dirão vocês, fiéis seguidores, habituados que estão à minha rebelião constante. Não caros leitores, nada disso. Estou descontente. Indecisa. Não sou má de todo a escolher quando tenho por onde. A falta de oportunidades baratina-me as ideias.
E depois, não sei se é da idade, sim, porque já conto uns quantos, mas a paciência para manifestações deste carácter, com camisolas de letras garrafais, todas com o mesmo tipo de dizeres, comícios com discursos plagiados, dos tais que se querem ouvir, e gente aos gritos a acenar bandeiras, já não me assiste. Soa-me tudo a feira e a Paulo Portas. Ainda bem que as eleições são já para a semana, e que o próximo Sábado já é de reflexão. Na prática significa mais uma semana, de peixeirada, carrinhas de música rançosa, e gente que se acha o máximo a distribuir cartazes, panfletos e outras coisas de interesse supremo não sei muito bem para quem. Mas eu aguento, eu aguento...

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