domingo, 17 de janeiro de 2010

Charme


Olho para ela, de vestido preto, e gabardina creme. Uma combinação que não trai, logo, pertence ao grupo das raridades, convenhamos. O cabelo é louro, aos caracóis, e o tal do sorriso, que tanto venero, surge sempre, nos seus lábios. Encontro-me sentada numa esplanada a bebericar um café. Sim, sou das que se senta em esplanadas, mesmo em dias de Inverno. E não é por ser fumadora, ou qualquer coisa assim. É só, porque ás vezes, me apetece. Fico a olhá-la, e reafirmo a mim mesma, o que já pensei tantas vezes. Há mulheres, pequenas, roliças, muito longe da perfeição, que têm um encanto e uma graça inconfundível. Não sei porquê. Por nada em concreto, mas por um conjunto de coisas. É o que chamo de charme. E nos Homens também acontece.
Gosto quando encontro um.

3 comentários:

  1. Eu chamo-lhe classe. Uma mulher de classe perde-me, mesmo que seja menos bonita.
    E se a essa classe aliar uma boa educação, então sei que ali se conjuga a perfeição da feminilidade.
    Entristeço-me, suspiro, abano a cabeça desalentado e julgo-me um sonhador. Olho para a minha pequenez e morro mais um pouco pois nunca será minha.
    É isso! Uma mulher não chora, faz chorar.

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  2. O charme sempre foi o tal "je ne sai quois" que faz toda a diferença. Distingue os que são simplesmente bons e bonitos, numa primeira impressão, daqueles que têm carisma.

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