sábado, 20 de fevereiro de 2010

Será piroso?


Hoje fala-se de pirosice. Diz que são coisas de mau gosto e assim. Já que se fala, que se postam crónicas sobre, que dá origem a revistas, eu, CF Maria ( ophs, será piroso?) também posso opinar. De expressão profundamente relativa, é uma palavra que me faz pensar amiúde. Entra em diversos conceitos, formas de estar e opiniões. Crescimentos, personalidades e afins. O que para mim poderá ser piroso, para ti, pode não ser. O que em mim pode ficar piroso, em ti, pode não ficar. O que num contexto é piroso, noutro pode ser um must. E por aí fora. Eu, amo vestidos ás flores. Com os quais, fico deveras pirosa, na opinião de alguns. Amo ainda música brasileira, que há mais quem ame, e há quem deteste. Amo a Nazaré, local extremamente brejeiro e piroso, para muito boa gente. Não amo, mas já amei mini saias. Não amo, mas já amei brincos de tamanho considerável. Não amo, mas já amei o Bryan Adams. Não amo, mas já amei andar com a barriga à mostra. Hoje, para mim, tudo isso é de mau gosto. Ou seja, piroso. Na índia, por exemplo, veneram-se túnicas, cores, toucados. Em nada exagerados por lá. É hábito e basta. Por cá, se eu sair para a rua vestida de Indiana, decerto me acharão uma pirosa do pior calibre.
Obviamente, que existem coisas de mau gosto, e pronto. Uma camisola vermelha, com umas calças laranja e um chapéu azul bebé, será muito mau. Ontem, hoje, amanhã, aqui e na China. Mas isso serão as excepções. A regra, diz-me que, muitas vezes, o piroso está nos olhos de quem vê, e não no corpo de quem veste.
Importante ainda, é analisar a atitude de quem faz. Aí, é que, na minha óptica, reside a essência da pirosice. A naturalidade é uma coisa fantástica. E o saber postar determinada coisa com estilo, tem que se lhe diga. Adoro ver A Kate Moss, enfiada numas leggings, numa túnica, e despenteada como se acabasse de acordar. Assume essa postura com a maior naturalidade do mundo, o que lhe dá aquele ar kitsch inconfundível. Eu, pareceria um alien se saísse à rua assim. Porque não é o meu registo, e não estaria à vontade. Mas posso sair com uns salto agulha, um vestido justo e uma écharpe. Sentir-me-ei em casa, sem dúvida. Muitas, de corpo e pose para o fazer, não conseguem. Tremem e abanam em cima de uns saltos. Assustam-se com uma roupa mais justa. Fogem de um blazer, de um lenço, ou de uma jóia. E perdem a naturalidade, se os usarem. O que nuns é estilo, noutros nem tanto.
A pirosice, assume-se pois, como uma relatividade absoluta. Depende. De quem olha. De quem veste. De quem sente. De quem faz. Onde, como, quando, e afins.

3 comentários:

  1. É realmente a naturalidade que marca a diferença. Qualquer um fica bem de qualquer maneira, desde que essa maneira seja a sua :)

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  2. Eu vou-te ser sincera...eu acho que a pirosice está no "abrir-de-boca-e-no-que-lá-vem" independentemente da roupa que se veste e da postura corporal.
    A pirosice é algo mais profundo...é algo cerebral...

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  3. Desde que quem usa, goste, tudo bem.
    O resto fica no foro do senso.
    Subscreo o amor à Nazaré, ao Sítio, onde já fui muito feliz, e claro, à música brasileira Bom domingo :):)

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