Tenho dias, que a bem dizer nem é o caso de hoje, em que me deixo ir na opinião generalizada da envolta, no modelo, no mísero do estereótipo. Receio bem nem ser algo pensado. Acontece-me pouco, só quando por qualquer fraqueza me encosto em algum ombro mais forte(?) que por alguns momentos me colhe. Nessas alturas fico submersa, quero respirar e não consigo, como se qualquer coisa me prendesse o corpo e não me deixasse sorver o mundo à minha vontade. Esse encosto, que por vezes me é necessário, torna-se invariavelmente amargo, leva-me a isenção da liberdade, faz-me crer que o caminho é apenas aquele, como se a minha mente devesse ser regida por uma qualquer constituição construída por algum sabedor mor, capaz de ditar o que é certo e o que é errado. Nesses raros momentos de pena pesada, em que permito ao mundo que me prenda o espírito, sinto a calma resignada do incontestável, um sossego que não me permite grandes pensamentos, com as inerências que acarreta esse estado de ausência.
( Já houve tempos em que julgava que não fazia o que atrás refiro. Essa fase entretanto passou. Faço, preciso de retribuições de olhares harmónicos, todos precisamos de vez em quando. Mas sou muito mais feliz e plena quando não tenho necessidade deles.)
O texto está fantástico.
ResponderEliminarÁs vezes também passo por fases semelhantes, mas reconhecer essa debilidade é o primeiro passo para nos fortalecermos :)
Um beijinho:) E viva a liberdade.
ResponderEliminarMuito boas estas palavras. Particularmente as últimas. Parabéns pela nova foto. Lindo olhar :)
ResponderEliminar:):)
ResponderEliminarBelíssimo:) Forte e verdadeiro!
ResponderEliminarObrigada :)
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