quinta-feira, 12 de abril de 2012

Idades

A adolescência é uma altura da vida muito própria, com inerências específicas e difíceis de lidar. Gostei da minha, gosto de sentir a esperança da que vou encontrando no caminho, e que crê com uma crença ainda forte no seu próprio poder e na evolução do mundo ao sabor da vontade. Acho, acima de tudo, que é esta uma das forças que nos impulsiona, e que não deixa a vida estancar ao abrigo da asserção da adultez, precisa, claro, mas limitadora de sonhos e de ambições. A meus olhos, isto faz com que se deva respeitar esta fase com o mesmo cuidado com que se respeitam todas as outras, e deita por terra as teorias que a colam a um tempo desprovido de grande sentido, onde se realizam despropósitos, e do qual deveremos sair o mais rapidamente possível. Nesta linha de orientação, que desaprovo totalmente, encontro pais que incutem, muito para além do razoável, realidades que deveriam surgir mais tarde, e que infundem nas cabeças ainda livres, rectidões que a emergirem na altura própria, viriam muito bem a horas. Não deveríamos viver com tanta pressa, acrescento. Evitaríamos aquelas sensações frustrantes do tempo que passa, sem que por ele passemos nós.

( Não sou libertina nem algo semelhante. Sou apenas calma e respeitadora de ritmos. E sim, sei que os inversos também existem, outra calamidade. Mais uma calamidade.)

1 comentário:

  1. A única coisa q invejo na adolescência é a capacidade de ter conversas constantes 24 horas por dia com as amigas e a sensação de que tudo é possível. Ah, e ficar contente quando o meu actor favorito acaba com a namorada, como se isso me desse mais oportunidade em conhecê-lo.

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