quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Do nosso trabalho.


Há quem tenha ideia feita de que nós, Psicólogos, mudamos mentes. Há quem nos consulte, esperando um click certeiro e eficaz, nas vidinhas medíocres que não interessam nem ao Menino Jesus. Há quem nos contacte esperando milagres. A esses, e a quem me quiser ler, deixo-vos umas palavras. Simples e concretas, só porque por vezes, a paciência já não me assiste. Nós não cabemos própriamente no saco dos Santos. Nem nos sacos das Curandeiras, Mães ou Pais de Santo e assim. Com todo o respeito por todos eles. Nós, somos Terapeutas. Dos que ajudam a analisar, a encontrar soluções onde parece que não há. Dos que ajudam a digerir os problemas que surgem, para depois regurgitar qualquer coisa válida, e exequível. Dos que ajudam a repensar caminhos e percursos de vida. Mas não obstante tudo isto, o móbil, na maioria dos casos, tem de partir do próprio ( Falo aqui de casos possibilitadores de mudança. Obviamente que existem doenças de carácter mais profundo que não cabem nesta minha análise, entenda-se). De nada servem correctas abordagens de problemas se, depois das conclusões, se fica na mesma. Parado, à espera que o mundo gire. Daqui a quinze dias, um mês, ou quando for a data da próxima consulta, se o paciente nada fez, tudo estará na mesma. Se não continuou o trabalho de auto análise iniciado no contexto terapêutico, quando volta, as queixas serão iguais. E a estagnação instala-se. Sob a guarda de alguém que tenta impulsionar, mas a quem só é permitido isso mesmo, um primeiro impulso.

Há quem nos chame duros, insensíveis ás vezes. Tenho para mim que não é bem isso. Não tapamos é sol com peneiras. Nem chamamos nomes doces ás amarguras da vida. E o ser Humano ás vezes não gosta lá muito disso.

4 comentários:

  1. É comum sentirmos um choque quando, depois de uma noite, bem ou mal dormida, acendemos a luz do quarto. Se alguem o fizer por nós, instintivamente teremos raiva dessa pessoa, apesar de sabermos que ela está a fazer algo, que em outro momento do dia, seria somente o acender de uma luz...

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  2. Sinto isso quando envio alguém a uma formação comportamental. Se não houver na pessoa vontade de aprender e/ou mudar, não são umas horas a ouvir um formador que vão alterar isso.

    Beijoca!

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  3. eu só tenho bem a dizer de especialistas como tu. tenho 3 filhos e o meu filho do meio (com 8 anos) anda numa psicologa que tem feito maravilhas. ainda bem que existem pessoas assim para ajudar quem precisa.

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