
O que me faz reflectir... Todos os textos que aqui publico são de minha autoria, e as personagens são fictícias. Excluem-se aqueles em que directamente falo de mim, ou das minhas opiniões, ou onde utilizo especificação directa para o efeito.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Ufffa...

Dilemas...

Boa semana, bom regresso para quem vem de férias, boas férias para quem ainda vai, e tudo de bom, tudo, tudo ( Estou tão mãos largas hoje)...
domingo, 30 de agosto de 2009
Verdades...
Enriqueceu-me trabalhar com elas. São, na maioria das vezes, Mulheres para as quais a vida tem sido madrasta. Na ausência de outras oportunidades, respondem como podem, como conseguem, com o que têm. Mas se vivemos num mundo onde a crítica se faz valer só porque sim, a prostituição representa um alvo fácil de mais. Pode criticar-se, por todos os motivos e mais um. Fala-se de pecado, de gente sozinha. É tão fácil, quase que apelativa, a crítica nestes moldes.
Dizia a entrevistada, que sim, vende o corpo. Mas num rasgo de extrema clareza, afirmava também, que muitas mulheres vendem mais do que isso. Porque mantém casamentos fictícios, ao lado de quem não amam, com o objectivo de manterem uma situação económica confortável. Ou seja, por dinheiro. Não só vendem o corpo, como vendem a própria vida...
E é por estas e por outras que me reservo ao direito de não criticar nada nem ninguém.
sábado, 29 de agosto de 2009
Das recepções...

...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Da vida...
A meio do patamar, encontro a Dona L. A senhora que limpa o condomínio. Bom dia Doutora, diz-me ela. Não gosto que me tratem assim no meu meio. Ela sabe, já lhe disse. Mas insiste. Julgo que me tem carinho já de longos anos, e não consegue tratar-me de outra forma. Olhos de sofrimento, mãos cansadas, ar pesado, que revela uma idade que ainda não tem. Alma de lutadora. De noite e de dia. Não raras vezes, apanhei-a, a limpar a escada ao Sábado à noite, de madrugada. Porque precisava de passar incógnita. Não fossem denunciá-la à Segurança Social. Porque o que ganha a limpar, não chega para sustentar os filhos e o marido, que vive na sua beira, e na beira do álcool. E necessitava do subsídio que lhe era facultado. Continuo a descida. Na entrada encontro o neto do Construtor cujo escritório funciona no meu bloco de apartamentos. O Doutor C. Engravatado. Pouco fez pela vida, para além da licenciatura. Bom ar, boa pinta, sorriso de orelha a orelha, a olhar-me com ar de quem tudo quer tudo pode. Altivo, sedutor. Não me seduz, minimamente. Não sei porquê, mas também não importa.
Na saída, a bicicleta, que de verão ou de inverno, de noite ou de dia, transportam a Dona L., pela cidade que a vê lutar todos os dias.
Ás vezes apresento por aqui discursos pregados por quem, e não obstante a vida já ter pregado algumas partidas, no fundo tem sorte. E assim, é fácil pregá-los. Aprendi muito com o que me foi proporcionado. E foi-me proporcionado, de facto. Aproveitei, é certo. Mas há pessoas que quase não têm o que aproveitar. Ou que, uma vez errando, dificilmente se recompõem, tal a ausência de oportunidades. E para essas tudo será mais difícil. O nosso querer pode, é certo. Mas as circunstâncias também.
Doutora? Doutor? E o resto? A luta, o dia a dia? O acordar de madrugada já a pensar, em como ter o pão para a boca, de quem depende de nós? E sempre a sorrir. Gente que passa na sombra do tempo, que ninguém nota, que ninguém vê, senão a cidade. Mas que são gente que luta.
Admiro a Dona L. , já lhe disse. Mas deve ser tão raro, que acho que ela não acredita.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Duas ou três palavras...

Que fazem parte integrante do meu crescimento; que vivi com eles momentos fantásticos e únicos, naquela idade em que tudo é possível. Que tenho saudades.
Das boleias que apanhava com ele para Lisboa, e quando chegava ao carro dele deparar-me com um papel na alavanca das mudanças que dizia não esquecer a c., invariavelmente. Riamos os dois, obviamente; saudades de andar na pendura da acelera dela, e acelerar-mos até ela deitar fumo; saudades dos fins de semana, das tardes de praia; dos banhos de piscina, na casa dele, à noite, em Outubro; saudades da nossa Escola, dos nossos sonhos e projectos; saudades das cumplicidades, trocas e partilhas dos mais ingénuos sentimentos; na altura em que os sentimentos ainda eram ingénuos; saudades do sorriso dele; dos olhos verdes dela, lindos de morrer; saudades da garra com que sempre lutaram em vida, contra tudo e contra todos para ficarem juntos, numa sociedade que não entendia o amor que os unia. E ficaram, para sempre.
Não estou melancólica, embora possa parecer. Porque existem pessoas, que embora nos deixem cedo, dão-nos tanto, mas tanto, que ficam na nossa eternidade. Eles são sem dúvida alguma, dessas pessoas. Aprendi e vivi muito ao lado deles. Ainda bem meus queridos amigos, que fazem parte de mim. Vou lembrar-vos sempre...
Palavras soltas sobre saudade...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Se não eu, quem???

Revistas cor de rosa...
Na nossa sociedade, onde o culto da perfeição a todos os níveis, se apregoa como o patamar a atingir, o que fazem os imperfeitos, ou melhor, o que fazemos todos nós?
É uma situação que por vezes me preocupa... Não um culto de beleza saudável, se for vivido com peso e medida, como de resto, em tudo na vida. Mas o desejo da perfeição, e a consequente felicidade dai decorrente, transmitida a uma parte da população, que lê estas revistas, com uns olhos sonhadores.
Acabam muitas vezes por potenciar personalidades frágeis e débeis, pelo simples facto de não se atingir esse ambicionado patamar.
E incomoda-me ainda o facto, de ser uma realidade de difícil alteração, que reflecte problemáticas consideráveis na estruturação de personalidades, que, não tendo onde se agarrar, se agarram a vidas alheias. Vidas com uma perfeição fictícia, mas bela, que lhes dá um prazer momentâneo, alternado com uma frustração profunda, pelo facto de não pertencerem ao grupo da perfeição.
Obviamente que, uma personalidade estruturada e coesa, não sofre estas mazelas. Falo aqui de pessoas já por si frágeis, que se deixam toldar por estas realidades manipuladoras.
Sim, a esta hora julgam-me um Salazar, capaz de mandar banir as revistas. Mas não, não é nada disso. Até porque me parece que a curto prazo não existe possibilidade de alterações de fundo. Não por mais nada, mas porque a nossa Sociedade ainda é mais frágil do que deveria, e talvez até precise destes sonhos. De qualquer forma, e se querem saber, eu, pela minha parte não gosto delas. Mas cada um lê o que quer, obviamente...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
:)
Fez-me regressar aos meus tempos de menina, quando brincava com eles, ás escondidas da minha avó, que teimava em proibir-me. Não sei se por algum traço de racismo, se pelo medo de que atrás de mim viesse algum piolho, ou mau comportamento. Eu, Senhora do meu nariz, e um pouco rebelde já de pequena, fugia sempre que podia; levava-lhes guloseimas ás escondidas, e ouvia as suas histórias, típicas de povo nómada, que acampava atrás da minha casa, algumas vezes por ano, e em muitos outros sítios, nos restantes dias. Lembro-me do nome deles; a C, tal com eu, o A., a F. Aprendi alguns palavrões com eles. Daqueles que me punham de boca aberta, não propriamente por ficar escandalizada, mas por não saber muito bem o que significavam. Mas aprendi também que para se cantar, basta vontade, para se ser feliz não é preciso fartura; que para se ter uma família não são precisas paredes, e que, se quisermos, o mundo pode ser a nossa casa. Como em todas as sociedades, culturas e tradições existem o bom e o mau. E de resto, nós somos inteligentes, e só retemos o que queremos. Logo querida avó, obrigada pela intenção, mas não te preocupes. Aprendi coisas feias, é um facto. Mas não só.
Dos 30...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O mundo do trabalho no feminino
Ao longo da minha vida, já tive oportunidade de trabalhar com grupos de Homens, de Mulheres e mistos. E caros leitores, conta mim falo, assumidamente. Os mistos toleram-se, os de Homens são um paraíso ( pelo menos os que já apanhei eram. Pronto, não sei se fui só eu que tive sorte, mas não me parece), e os das Mulheres um inferno.
Actualmente, o grupo é feminino. Meu Deus, quase que já entendo os Homens quando dizem que não nos aturam. É que eu sou Mulher, e também já não as aturo.
Ele são os horários da vizinha que são sempre melhores, ele é fulana que não faz nadinha, ele é sicrana que tem a mania que é boa, ele é aquela ali, armada em carapau de corrida, que anda de panelinha com a chefe, e por ai fora.
Isto tudo, aliado ao facto de todas, quase sem excepção, tentarem sacudir a água do capote, mal sentem um calo apertado, quanto mais não seja para ver se alguém cai em cima da tão odiada colega de trabalho, que merece sempre o belo do raspanete.
Depois, destaca-se ainda, o facto de sofrerem de um crónico e acentuado mau humor por estas e outras atrocidades, como as que atrás referi, que lhes acontecem. A isto, junta-se uma pitada de malícia tipicamente feminina, e pronto, temos o meu local de trabalho.
Eles, como em tudo na vida são do mais simples e básico. Normalmente, juntam-se, aliás, como de resto é sua postura. Se é para a desgraça, para a pinguita, ou outras tramóias masculinas, também é tudo ao molho. Mas enfim, é para o mau e para o bom. E quando é trabalho é trabalho, e se é para fazer, é para fazer, e ponto. Normalmente, todos a remar para o mesmo lado.
Nós, mulherio, juntas só para ir à casa de banho, e sinceramente, tenho cá para mim, que é só para ver se temos oportunidade de criticar qualquer coisita mais ao pormenor ( tipo a celulite do rabo da outra, que vestida nem parece, mas se a vissem em cuequinha, é que iam ver a desgraça que para ali vai; pfuuu, mania que é boa; nem sei como arranjou um Homem daqueles...), e não por qualquer outro motivo inocente, e despretensioso.
Quando nascer outra vez vou ser um deles. Nem sei se já vos tinha dito...
O meu tesouro...
domingo, 23 de agosto de 2009
Um bom começo...

Dos amores sem idade...
Fala-se de diferenças acentuadas. Diferenças que, de inicio, podem considerar-se pouco relevantes, mas que, com o tempo, podem tornar-se um tanto ou quanto constrangedoras aos olhos dos outros.
A meu ver, encontramos-nos hoje, mais do que nunca, num patamar da Sociedade, em que as diferenças de idades não deve de facto, ser determinante. As relações são no âmbito do presente, do hoje. Não quero com isto dizer, obviamente, que não existam projectos, percursos, caminhos e planos. Nada disso. Sem isso não há relações, há encontros. Mas na era em que vivemos, o deixar de percorrer um caminho ao lado de alguém que nos faz feliz, só porque é mais velho, não me faz qualquer sentido. A eternidade é hoje um conceito ambíguo, trémulo e incerto.
De resto, a nossa felicidade e a de quem nos rodeia, parece-me por si só, motivo suficiente para se assumir o que for. Cada vez mais concluo que não é fácil, caminhar ao lado de alguém. Caminhar, e ser feliz com essa pessoa. Podemos fingir que se caminha, sobreviver; podemos suportar pessoas, podemos tanta coisa. Mas ser feliz ao lado de alguém? Encontrar interesses comuns, estados de espírito, intimidades? Difícil; por vezes muito difícil, salvo as devidas excepções... Logo, se encontrarmos uma pessoa com a qual isso acontece, não é sensato deixar a censura interferir. Que importa o que possam pensar, dizer, ou especular? Nada, rigorosamente nada... Importa sim os sentimentos que cada um sente, e o bem estar a que consegue chegar.
Ser feliz já é por si só tão complicado. Para que dificultar as coisas com preconceitos impostos, não raras vezes, pelos infelizes sem coragem para mudar?
Da semana...

sábado, 22 de agosto de 2009
O carrinho da leitura...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Das fraquezas...
À medida que avanço, não raras vezes, deparo-me com situações em que o mais fraco, menos forte, ou outro nome que se possa aplicar, ganha o cuidado e a protecção alheia, em situações adversas. Porque pode não conseguir seguir em frente. Pode ir abaixo. Alguém tem de o proteger. O forte, por sua vez, aguenta tudo. É forte, pronto. Não precisa de ser protegido; pelo contrário, protege. Parece-me injusto. Existirão casos de alguma fragilidade genuína, é certo; existirão os que o são porque é mais fácil. E existem ainda os fortes, que, como qualquer ser humano, também fraquejam. Mas por norma ninguém dá por isso...
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Os caras de pau...

Da escola da vida...

Um selo...
Obrigado Antígona.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
A minha Cidade...

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terça-feira, 18 de agosto de 2009
MIC

Ontem, no meu facebook, com o qual não perco muito tempo, porque também não o tenho, descubro um pedido de amizade do MIC. Ora, como boa cidadã, que até já se dedicou em tempos ás lides políticas da Autarquia, deveria saber correctamente o que significa a sigla. Mas confesso que, e apesar de ter uma ideia, ainda não me dei ao trabalho de a tirar a limpo. É um movimento, independente, para o concelho ( julgo que o significado é mesmo este), com pessoas que conheço da nossa praça ( algumas delas já pertenceram ao actual executivo, lado a lado, muito próximas, quando dava jeito, mas agora já não dá, ora bolas. Vamos mas é mudar, que quando a gente tá mal muda-se, e procura um poiso mais jeitosinho), e que se propõem a dar caminho a esta pequena balbúrdia, que por vezes mais parece aquelas terriolas patuscas de novela brasileira. Assim, do tipo Roque Santeiro, onde anda tudo ao molho e fé em Deus, e onde pouco trabalho se faz. Confusão, portanto, se me faço entender.
Soa-me também bem, um Movimento Intelectual e Cultural. Sim, porque de natações, marchas, corridas, saltos, futebol e etc e tal, tá a cidade cheia; mas se calhar investimentos noutro âmbito também não ficavam nada mal, não Senhor.
Surge-me ainda um outro nome interessante. Mostra Interna da Câmara. E é aqui, que contam maioritariamente com o meu louvor. Quando começasse a sair para a rua, o que se passa dentro daquelas quatro paredes, os graus de parentesco e afinidades entre funcionários, a quantidade de gente que é necessária para cada serviço ( Exemplo: três pessoas no atendimento ao pagamento da água; um para receber o papel, outro para procurar no dossier, e ainda outro para emitir o recibo, e ai que já não posso mais com tanta trabalheira, ufa, ufa...), e mais não digo, porque posso ferir susceptibilidades, é que ia ser o bom e o bonito. Ia ia...
Portanto, mais uma vez, hora de louvores. Aos impulsionadores de tão importante movimento ( ou não, vamos ver, haja esperança), alvissaras. É que não sei se já perceberam, mas MIC, leia-se como se ler, fica sempre bem na minha querida cidade. Vamos a ver se fazem jus ao nome iluminado e abranjente que as Vossas mentes brilhantes conseguiram criar.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Do ócio...
Eu sei, eu sei que anda por aí o flagelo do desemprego, mas se for esse o caso, por favor ocupem-se. Leiam, passeiem, andem a pé, saltem à corda, façam paciências, sudoku, cozinhem, varram o chão, esfreguem a banheira duas vezes por dia, contem as pedras da calçada, mas por favor, façam qualquer coisa. Ou então, não façam nada disso. Mas também não me venham chatear o juízo. Boa?
Há, já me esquecia, todos são atinjidos, certo, de qualquer forma, este efeito do ócio, faz-se sentir especialmente nos Homens. Nem digo que não existam tantas ou mais Mulheres afectadas, mas de resto, como elas são são sempre um bocadinho assim, os efeitos não se notam tanto ( vá minhas queridas assumam; somos chatas, pronto). Pior, muito pior, é quando o mal atinge com força os nossos queridos sócios. Aí é que a porca torce o rabo. Apoderam-se destas características tipicamente femininas com um frevor que até assusta. Poças, que ninguém os atura...
Até ao fim do mundo...

domingo, 16 de agosto de 2009
A tenda...

Do talvez...

Obviamente, e como seres únicos que somos, as nossas motivações são diversas. Talvez por isso, muitas vezes, nos custe analisar as atitudes alheias. De qualquer forma, existem algumas, que de tão descabidas nos fazem pensar. PORQUÊ? É a nossa necessidade de encontrar justificações para tudo, que nos atormenta o espírito à espera de uma explicação. Explicação que pode nunca vir. Existirá, decerto, no subconsciente, ou mesmo no consciente de alguém. Mas não é nossa. Não nos pertence.
Faz parte do caminho para a nossa paz de espírito o conseguir viver simplesmente com as nossas certezas, e relegar as certezas, ou quem sabe incertezas, de quem nos rodeia. Que pode estar próximo ou não. A proximidade não implica transparência. Embora por vezes pensemos que sim.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Das procuras...
De qualquer forma, parece-me prudente que se encare os fins de algo, como o inicio de uma nova fase, de uma nova era. Fecha-se uma porta, para que muitas se abram. Portas que moldamos, de acordo com as nossas motivações, que vão refinando, à medida que a vida avança.
De certo que para a próxima, se procura alguém melhor. Logo, é sinal que o que se tinha não era perfeito. Sim, eu sei que a perfeição não existe, mas podemos sempre andar à procura dela. Motiva-nos para avançar. E apesar de não existir, quem sabe se a encontramos...
Um beijo minha querida; sim, este texto é para ti...
Sempre
Senti-me feliz. Pelas boas memórias, por o ver crescer a meu lado. Estou numa altura particularmente sensível ao seu crescimento. Ainda hoje, pela manha, olhava-o e admirava o seu cumprimento na cama. Está enorme o meu pequeno... Sim, porque sou mãe, e contra todas as lógicas concretas, mas a favor dos sentimentos, ele vai ser sempre o meu pequeno. Sempre.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Olhos nos olhos...
Dos apertos de mão...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Será desta o regresso??
Sinto muito...

Lida-se aqui com a morte. E lida-se com ela cedo de mais. Encarar o final do ciclo de vida já se apresenta por si só delicado. Antes do tempo, antes do percurso, antes do crescimento, é o supremo dos sofrimentos.
Um testemunho considerável do Senhor Doutor Nuno Lobo Antunes. De uma profundeza tal, que só nos pode dar e ensinar muito...Imperdível. E não, não tenho rigorosamente nada a ver com a Editora.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
As aprendizegens de hoje...
Aprendi ( ou melhor reaprendi, pois já sei há muito), que pessoas de mal com a vida, são sempre pessoas de mal com a vida, e que por muito que nos esforcemos para agradar a essas pessoas dificílmente conseguimos, porque são demasiado amargas para sorrir.
Aprendi ( reaprendi, mais uma vez) que lido mal com este tipo de gente, e apesar de manter a simpatia, arrumei-a na prateleira.
Aprendi que os pneus do meu carro, também furam, e isso até pode acontecer no final de um dia de cão.
Aprendi que não sei mudar pneus.
Aprendi que em certas ocasiões, ser mulher é uma vantagem.
Aprendi que ás vezes tenho sorte, e mal saí do carro a fim de começar a pensar no que fazer, logo apareceu alguém conhecido a fim de me ajudar.
Aprendi que afinal, e como eu venho suspeitando, ainda existem Homens cavalheiros, daqueles capazes de sair do carro, debaixo de 40 graus de calor, e executarem todas as operações necessárias á mudança, sob olhar atento meu e da sua esposa. E ainda capazes de manter um sorriso de orelha a orelha, e no final da empreitada, apenas lhe fiquei a dever um sabonete.
Aprendi que aos 32 anos, e apesar de me julgar Senhora do meu nariz, o que me estava a ocorrer, assim, de repente, antes de chegar a preciosa ajuda, era ligar ao meu pai. Logo, preciso dele, como sempre...
Aprendi que se existem pessoas de mal com a vida, existem outras de bem. O Senhor e a esposa que me auxiliaram são dessas, e eu também... Pois no fim de tudo sorri, e não me julguei com azar pelo que me aconteceu, mas sim de sorte, pela sequência.
Pronto, aprendi que tenho sorte. Os azares são acidentes de percurso.
Das etiquetas...
Já ouviram, por uma acaso falar em não faças aos outros o que não queres que te façam a ti? Giro, não é? Então porque não aplicam?
Eu sei, eu sei que a malícia feminina não deixa muito espaço de manobra, e que por vezes é (quase) mais forte do que nós. Gostamos de etiquetar, pronto!!! É assumido, e quase engraçado, se o conseguirmos fazer sem ofender os outros ( ou as outras, vá).
Pior, é que não escassas vezes, cai-se no exagero. E acaba por se etiquetar de forma rígida, impiedosa. E uma vez etiquetada, a pessoa bem pode esmifrar-se, que dificilmente se lhe muda a etiqueta. E a primeira impressão, muitas vezes errada, é aqui fundamental para os etiquetadores compulsivos.
Logo, caras Senhoras, Senhores, vizinhança, e público em geral, tenham calma. Não etiquetem assim os outros como se não houvesse amanha. Que tal em conjunto, e já que não têm mais nada que fazer, criarem o movimento Vamos retirar etiquetas? Assim, como se faz com as cuequinhas, que apesar de serem pequeninas são portadoras de uns etiquetões enormes, e incómodos que têm a mania de se enfiar onde não são chamados ( de resto, como todas as etiquetas). Que vos parece? Boa?
Do Estio...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Das recordações...
Já viúvo, visitava-o com frequência, pois trabalhava perto. Ia com ele ás compras, pois precisava sempre de leite, mesmo que atrás da porta da cozinha estivessem 20 litros... E de fruta, que se amontoava ás pargas lá por casa... E de bolos, que faziam sempre falta para adoçar uma boca que toda a vida amargou...
Nos seus últimos anos, e por razões diversas, a aproximação a ele foi grande, e a nossa relação, que sempre tinha sido boa, intensificou-se ainda mais. Quando partiu deixou-me saudades... Que ainda tenho, que vou ter sempre...
Agora agudizaram. Pelas mãos do Sr J., que me ronda a sala, com a mesma postura, com o mesmo olhar, com o mesmo ar... De qualquer forma, é uma doce melancolia. Gosto de o recordar...
Ai que saudades...
domingo, 9 de agosto de 2009
E o resto, são cantigas...

Manha de Domingo...

sábado, 8 de agosto de 2009
Das compras desnecessárias...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O milagre das rosas...

Aproveitar o tempo...
Os Funcionários Públicos...
10.30 h, deslocação à futura escola do rebento, a fim de entregar um papel.
Porta do serviço, encostada. Pergunto a alguém que passa, o porquê de não estar ninguém, sendo que me é dito, que a Dona ...., tinha ido tomar o pequeno almoço. Claro, obviamente.
Espero, com calma ( aparente, mas calma), cerca de 15 minutos. Volvidos, volto a perguntar, desta feita a alguém que me pareceu um pouco superior, em termos de funções.
Descoberta a Senhora, via telefone, é-lhe transmitido que tem alguém à sua espera, já há algum tempo. Aparece, uns escassos dois minutos depois.
O bom dia partiu de mim, mas enfim, tinha de partir de alguém. Nem para mim olhou, e sorriso, ou simpatia, nem pensar... Ás vezes pergunto-me se esta gente não tem brio profissional. Será que só o salário importa? Credo, que vida vazia...
Das duas uma, ou sou eu que tenho azar com frequência neste tipo de coisas ( salvo devidas excepções, já referidas por estas bandas), ou existe uma qualquer relação causal estranha entre Funcionários Públicos ( salvo as devidas....), e antipatia. Assim, daquelas giras que estudávamos na Escola, do tipo é Funcionário/a Público/a, logo, é antipático/a...Taditos, se calhar estão tão cansados com a trabalheira a que se vêm sujeitos numa escola, cheia de moscas, em tempos de férias, que nem conseguem ter atitudes minimamente educadas e profissionais. Pronto, Eureka. Deve ser isso...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
O Homem do leme...
Em tempos, já me perguntei, se a culpa seria de quem de desleixa, se de quem assume o comando ( culpa é uma palavra chata. Nem sei se se aplica verdadeiramente aqui).
Se quem assume sempre o comando se desleixar também, pode ser que o facto, por si só, constitua um motor de arranque, para o habitual desleixado assumir as rédeas. É uma perspectiva, é certo. O pior, é que cai por terra em situação de naufrágio, onde as consequências se reflectem em terceiros, eventualmente dependentes. E não no que habitualmente comanda, nem no que se deixa ir...
A vida é uma luta do caraças, nada fácil, e ainda menos, linear e de verdades absolutas. Confesso, que me irritam terminantemente, pessoas com a mania que têm receitas milagrosas para a vida dos outros, como se fosse fácil; e atiram comentários do tipo, faz isso, porque o deixam fazer... A resposta está errada. Porque se calhar, se o comandante deixa, é porque já experimentou outras estratégias, que não resultaram, ou que prejudicaram alguém, que não queria de forma alguma prejudicar. E porque apesar de ficar, muitas vezes com sobrecarga, continua a comandar, em consciência de que, independentemente de não ser a solução ideal, é a melhor que encontra, logo, á a ideal para si. Portanto, a resposta certa é que, muitas vezes, o comandante comanda, porque alguém tem de comandar, assumir e seguir em frente. E é ele que é gente o suficiente, e tem estrutura para o fazer. E se não tinha essa estrutura, arranjou força para a ganhar, criou-a, cresceu. E porque há quem tenha falta de carácter e desleixo suficiente para se acomodar, e ter papel passivo. É mais fácil, menos exigente. Mas perde, perde muito com isso. Nem sabe quanto. Mas eu sei. Na falta da perfeição da partilha, o Homem do leme, é sempre o Homem do Leme. Com tudo o que há de mau, e com tudo o que há de bom.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
A idade dos porquês...
Em estado de semi-desespero, vou tentar enfia-lo na cama, e sou bombardeada com um onde ficam as Ilhas Egeas... Lá lhe tento explicar, mas não tava fácil, e as perguntas continuavam... Balbucio um já chega rapazito, tanta pergunta... Oh filho, vamos lá mas é dormir, que está na hora, e a paciência da mãe também tem limites ( e acreditem que sou muito paciente, as perguntas é que foram mesmo muitas )... Resposta pronta: Explica-me lá melhor o que é isso da tua paciência ter limites mãe??? Oh god, help...
Eles andam aí?
terça-feira, 4 de agosto de 2009
E o regresso tem sido assim...




