domingo, 23 de agosto de 2009

Dos amores sem idade...

Hoje encontro um artigo que me despertou interesse, numa revista que por norma nem costumo ler. Não aprofunda o assunto, é um artigo leve, mas ainda assim, fez-me pensar. Fala em amores sem limites de idade. Já por cá falei no assunto, embora numa outra perspectiva. Não escondo, que julgo que iria ter dificuldades, em relacionar-me com alguém consideravelmente mais novo, simplesmente porque me parece que não me iria identificar. Só, e unicamente por isso. Mas poderei estar enganada, admito. E como também, de qualquer forma, no meu mundo não existem nuncas nem certezas, aguardo para ver, o que o futuro me reserva...
Fala-se de diferenças acentuadas. Diferenças que, de inicio, podem considerar-se pouco relevantes, mas que, com o tempo, podem tornar-se um tanto ou quanto constrangedoras aos olhos dos outros.
A meu ver, encontramos-nos hoje, mais do que nunca, num patamar da Sociedade, em que as diferenças de idades não deve de facto, ser determinante. As relações são no âmbito do presente, do hoje. Não quero com isto dizer, obviamente, que não existam projectos, percursos, caminhos e planos. Nada disso. Sem isso não há relações, há encontros. Mas na era em que vivemos, o deixar de percorrer um caminho ao lado de alguém que nos faz feliz, só porque é mais velho, não me faz qualquer sentido. A eternidade é hoje um conceito ambíguo, trémulo e incerto.

De resto, a nossa felicidade e a de quem nos rodeia, parece-me por si só, motivo suficiente para se assumir o que for. Cada vez mais concluo que não é fácil, caminhar ao lado de alguém. Caminhar, e ser feliz com essa pessoa. Podemos fingir que se caminha, sobreviver; podemos suportar pessoas, podemos tanta coisa. Mas ser feliz ao lado de alguém? Encontrar interesses comuns, estados de espírito, intimidades? Difícil; por vezes muito difícil, salvo as devidas excepções... Logo, se encontrarmos uma pessoa com a qual isso acontece, não é sensato deixar a censura interferir. Que importa o que possam pensar, dizer, ou especular? Nada, rigorosamente nada... Importa sim os sentimentos que cada um sente, e o bem estar a que consegue chegar.
Ser feliz já é por si só tão complicado. Para que dificultar as coisas com preconceitos impostos, não raras vezes, pelos infelizes sem coragem para mudar?

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