quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Os caras de pau...


Existem Homens com uma certa pinta; assim, o que chamo, em tom de graça, obviamente, de caras de pau ( por serem assim um bocadinho a dar para o sem vergonha); e existem os sem pinta nenhuma, mas com a mania que têm muita, ou seja, os armados em caras de pau.
Aos primeiros, perdoo; por serem, sei lá, donos de algum je ne sais quoi, um certo charme atrevido. E ressalvo que este charme nada tem a ver com beleza, ou outro atributo isolado. É um conjunto de situações, intrínsecas à pessoas, e que por norma, saem naturalmente... Surge-me assim, de repente, um exemplar, que não esqueço; mítica figura de uma novela brasileira ( sim, via muitas nessa altura, decerto já perceberam), e que povoou a minha adolescência. Jorge Tadeu, de seu nome. Papel estudado, é certo, protagonizado por um actor daqueles interessantes, mas sem nenhuma beleza especial. Tinha o tal ar de malandreco, misturado com alguma timidez. Fazia as mulheres da aldeia engolir flores como se não houvesse amanha, só para sentirem um ar de sua graça ( chamemos-lhe assim, pronto), durante os sonhos. Eu suspirava; acho que suspirávamos todas ao perto, e acho que até eu teria comido uma flor; sim, euzinha, se alguém me afiançasse que dai decorreria uma visão de tal personagem.
Pior, é que não é para qualquer um, conseguir este estado genuíno a dar para o interessante. E num instante, quase sem darem por isso, alguns Homens, que têm a mania que são bons e engraçados, entram no patamar dos armados em caras de pau.
E estes, são os que não têm interesse nenhum, e a quem me apetece desatar à porrada de forma desenfeada ( hoje estive na eminência, vá lá teve sorte, contive-me). Tudo, porque ainda por cima são um bocadinho a atirar para o ignorante, e jogam o seu charme baratucho, tipo perfume patcholi, e ficam a olhar para nós com cara de Tás caidinha de todo, quando eu estou tudo, menos isso. As minhas ganas nessa hora, são de o esmifrar, mas não como ele pensa.
Pronto, pronto, nem todos podem ser charmosos, bem sei. Mas para os que não são dotados desse jogo de cintura, o melhor é a simplicidade; aliás, nos verdadeiros, ela também reina, mas naturalmente. Logo, ela é sempre o melhor remédio. Protege-os a eles, de fazer figuras ridículas e protege-nos a nós, de levar com elas. Ainda para mais, recheadas de bocas pindéricas e foleiras, mas de tal forma expectantes que, por momentos, chego a julgar, que estão mesmo convencidos de que o papel a que se prestam vai dar frutos, e que são os reis da cocada preta. Vamos lá simplificar Senhores; fica sempre tão bem, em tudo, e aqui também...

1 comentário:

  1. Convenhamos que um homem que consegue convencer uma mulher a comer uma flor (mesmo com aquele formato) deve ser é hipnotizador. Lembro-me na altura de ouvir dizer que muitas mulheres comeram aquela flor na esperança de lhes aparecer um Jorge Tadeu. Deve-lhes ter aparecido mas foi uma monumental caganeira, e merecida, diga-se de passagem.

    Beijoca!

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