domingo, 2 de agosto de 2009

Do toque...


Sou particularmente sensível ao toque. Vejo, diariamente, pessoas que se tocam, no ombro, na mão, nas costas. É um hábito vincado na nossa sociedade, e a meu ver, demasiado banalizado.

Para mim, o toque, mesmo o mais banal tem carácter de intimidade. Não falo obviamente de um cumprimento, manifestação de educação, e cordialidade. Falo de um outro tipo de toque, que por norma, só faço quando a ligação que tenho ás pessoas o justifica. Não toco em estranhos propositadamente. Não me apetece, e para além disso invado o espaço alheio.

Num outro sentido, gosto de tocar nos que amo. Mexer, sentir, fazer festas... Tocar de mão aberta, afagar, transmitir e partilhar calor.

E é aí que o ser humano, muitas vezes me soa a estranho. Conheço muita gente que toca sem dificuldade, pessoas que mal conhece. Abraços, proximidades. A típica imagem de conversas, mesmo com quem mal se conhece, onde se toca no outro, assim, como se nada fosse.
E depois, não raras vezes, são esses mesmo que parecem ter dificuldade em tocar nos que estão perto...

2 comentários:

  1. É verdade :)
    São pessoas que têm medo da intimidade mas como precisam dela, todos precisamos, vão-se alimentando de pequenas intimidades inconsequentes...

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  2. Eu acredito muito no toque. Há situações em que se sente imediatamente uma química, uma sensação boa, já em outras situações parece que até há repulsa.

    Beijoca!

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