Às vezes faz-se silêncio. Sou livre de me silenciar ou ausentar, é um direito que me assiste.
Nada é tão amplo como o silêncio, onde tudo cabe e tudo se pode excluir. Poderemos projectar-nos nele, e deixar que o nosso corpo construa o que pretende, quando, mísero, ousa interpretá-lo. Não simpatizo que tentem perceber o meus silêncios ou as minhas ausências, a não ser, obviamente, quando se encontra implícita essa tentativa da minha parte, em situações particulares e específicas. Os meus silêncios podem chegar a ser opacos, e logo passíveis de se tornarem enganosos, ainda que não seja essa a sua função. Podem induzir em erro quem me tenta escutar com os olhos, e que julga possuir mestria para tal afoite. O silêncio faz parte de mim, organiza-me, arruma-me, suporta-me. Às vezes guarda-me num colo discreto.
:):):) e qualquer tentativa é uma intrusão :):)
ResponderEliminarTambém gosto e preciso dos meus silêncios. E não gosto que me tirem deles com o espanto de que não deveria neles estar. E não gosto que os interpretem - sabem lá. :)
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