terça-feira, 9 de novembro de 2010

Naturezas, poderes e injustiças terrenas...

Eles passeiam de mão dada, nem por isso revelam grande aparato, sendo que o ar é sereno, os sorrisos calmos, as passadas certas. Ele diz dela, que chegou tarde, mas que felizmente chegou. Até ela, trilhou demasiados caminhos, arrastou-se em desilusões desmedidas, que sempre foi sedento de companhia, e nem bem lhe aprazia a solidão eterna, amontoada noites e noites a fio, dias e dias, minutos, enfim, todos os tempos do mundo. Não deixa de me rematar, que caminharia tudo outra vez, só para dela se abeirar de novo, com a tamanha certeza, de que era ela e nenhuma outra, que nestes caminhos da vida, a dúvida e a ignorância eterna, conseguem ser motivos mais do que suficientes para se ir escolhendo mal, como se nos pudéssemos dar ao luxo do constante engano. Julgo ser prudente aqui admitirmos, que o auto conhecimento é uma obrigação que nos devemos, a nós mesmo, que tanto esquecemos.
A duração ou não no tempo, de tudo o que os une, nem me parece preocupa-los, que já muito viveram por cá, para se prenderem com tal pormenor. Ainda assim, julgo acreditarem nela com uma força tremenda.

Ela sorri enquanto o ouve e eu sorrio também, numa partilha com alguém que já nem via há muito, e que agora encontro em estado de deleite, pelo que o cenário, resume-se a duas mulheres embevecidas, uma com motivo, a outra nem tanto, e um único homem, que nos consegue instalar tal estado de espírito.
À parte da história de amor, nem sei se me compraz dissertar sobre isto. Pelo que por ora fiquemos assim.

2 comentários:

  1. Sorri também a ler este texto. As coisas melhores da vida manifestam-se das maneiras mais simples. Beijinho!

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  2. :):) Estes são para ti. :) :) estes são para ele e para ela.

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