sábado, 7 de novembro de 2009

Do mal o menos...


Peguei-lhe ontem pela enésima vez. E reacendemos um namoro profundo, numa proximidade como não há. Um têt a têt, pela noite dentro, aquando, por norma, já não sou incomodada. O outro membro da casa, já dorme a sono solto. Cada vez que lhe pego, entro nas histórias com uma intensidade fantástica e uma vivência do que leio, clara e concisa, apesar da personalidade atribulada e caótica do Autor. Não sei se quererá dizer alguma coisa sobre mim. Já vos tinha dito por cá, que me ofertaram esta edição de oito livros reunidos. Do mal o menos... Já os tinha lido todos à excepção de um, que tenho relegado nem sei porquê. Peguei-lhe ontem, com um misto de calma e uma vontade sôfrega de o ler. Como se já o devesse ter feito há muito tempo. O mesmo caos. A mesma mistura de ideias. A mesma crueza de palavras. A mesma genialidade, portanto.
Continua a ser o meu eterno livro de cabeceira. O que pego sempre. Quando me apetece. Quando estou bem, ou menos bem. Porque sempre que lhe pego, encontro algo novo. Com a particularidade de poder começar do início, do fim ou do meio. E começar sempre bem. Um verdadeiro namoro portanto.
" Podemos começar por qualquer lado que tanto faz. Havemos de chegar lá. Não me perguntes onde. Quando chegarmos saberás. Agora é cedo para perguntar. Ouve só."
Pedro Paixão, in Muito, meu amor

3 comentários:

  1. Tenho-o na minha mesinha de cabeceira...

    e faz-me tanto sentido :)

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  2. Tenho-o em banho-maria, desde as férias. Esse e "Kafka à beira-mar" de Haruki Murakami.
    Por mais que queira...os olhos pesam-me à noite e não consigo ler mais do que 2 linhas.

    Ainda me lembro das noites passadas em branco feitas a ler livros. Era quando o tempo me permitia dormir de manhã e dar um tiro às aulas.

    :)

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