Vejo um
documentário. Nada de novo. Nada que não tenha visto já. Mas sempre que os vejo tremo. E tremo porque a injustiça me
aflige, com um poder estrondoso. Tremo porque conheço de perto as realidades de quem, por qualquer motivo supremo, está
diminuído física ou
psicologicamente, de forma séria, perante a sociedade. É injusto. Uma sociedade criada não sei por quem. Não discuto criações supremas se não as conheço, pois só discuto o que conheço, e aceito as minhas limitações. Mas como Pessoa, Gente, o que quiserem, custa-me residir num País que se diz desenvolvido, mas que responde mal, muito mal, a quem mais precisa. Não importa porquê, importa que precisa. E corrijo. Não é num País, é num Mundo, pois todo ele é injusto neste aspecto. Sem imputabilidades concretas, mas ao mesmo tempo, com o aval de todos. Ou quase todos, pois como sempre, admito as excepções.
E tremo porque me custa a
aceitar a crueza de dificuldades tão severas. Existências tão dramáticas. Vidas tão
difíceis. Não consigo deixar de perguntar o porquê. Só não obtenho resposta.
É nestas alturas, em que me apetece pôr tudo em causa. Tudo não digo, mas coisas. Muitas coisas.
Vou ali num instante comer um chocolate, a ver se a neurose me passa. É a abordagem corrente, não é? Faz-se qualquer coisa que nos distrai, e pronto, passa. A nós, e na nossa realidade, passa. Pior é quem come o chocolate, e continua envolto em duras realidades.
Passei aqui por acaso e chamou-me a atenção a maneira com falas da nossa sociedade. Cuidado com os diabetes!!! Os problemas vieram para ficar, infelizmente.
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