Uma das coisas que abomino, são salões de cabeleireiro. Não os de beleza em geral, que existem uns, que amo de paixão. Onde as massagens, os cremes, e umas mãos competentes, tomam conta de mim, e me deixam num estado pacífico e quase inatingível. Só esses escapam. Tudo o mais, onde pouso por obrigação, em nome da minha vaidade, são um suplício. Ceras que me puxam pelos, pinças que me arrancam sobrancelhas, e outros pelos indesejados, limas que me esfregam pés, enfim, dispensava tudo. Decerto dirão, que nos cabeleireiros, por si só, não existe tamanha angústia. O mote, é ficar linda, moldar o rosto, e sair revigorada. Tenho pena, mas não compactuo. Para começar, a espera, sempre maior que o desejável, mesmo que seja, na realidade, muito curta. O mulherio empilha-se por ali, lê revistas cor de rosa, fala mal, ou menos bem vá, da vida alheia, e assim passa um bom bocado. Elas, não eu, que vou bufando, enquanto tudo isso decorre. Na lavagem, menos mal. A R, é um doce, tem umas mãos divinas, e eu adoro-a. Passamos entretanto para o corte em si, altura em que só vejo cabelos de mais a cair no chão. A minha apreensão é desmedida, tal o receio que tenho da S, se influenciar, e deixar-me a modos que um pouco depenada. Enquanto não termina, transpiro um bocadito, roo as unhas, abano as pernas, e outros sinais de stress, que tão bem conheço. Na secagem, a coisa nunca corre muito bem. Não suporto secadores muito perto de mim. Um jeitinho, balbucio sempre. Só um jeitinho. Que normalmente vai um pouco além do desejável, o que me leva muitas vezes ao duche, mal chego a casa.
Concluí hoje, pela enésima vez, que não nasci para isto. Em vez de espalhar a mosca, acentua-me a neura.
Hoje, e após a tortura, valeu-me o sol. A esplanada, o néctar light que ingeri, o jornal, e o café. Gosto da primavera. Puxa, haja alguma coisa que me encha as medidas. Nem eu me aturo, com tanta esquisitice. Cá para mim, é por isso que ninguém me pega :)
Bom fim de semana. Com sol, boa disposição, e tudo o que vos aprouver.
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