Existem bons fins de dia. Vou buscar o pequeno aos avós. Trago jantar, dentro de um tupperware. Os trabalhos de casa, já vêm feitos, com a preciosa ajuda do avô. Chego a casa, e abro a lancheira, a fim de constatar o costume. Tudo marchou, como sempre. Encontro no fundo, um lenço perfumado. Não um qualquer lenço, de marca conhecida, de cor lilás, e cheiro a alfazema. Nada disso. Um lenço colorido, e deveras bem cheiroso.
- Que é isto J.?
- Um lenço perfumado.
- Sim, eu sei. Mas de onde surgiu?
- Foi o JP, claro. O F tirou os ténis e íamos morrendo com o cheiro. Então o JP distribuiu lenços perfumados por todos, para ficarmos a cheirar.
Claro, óbvio. Só não sei, como não cheguei logo lá.
( No meu tempo (sim, outro parêntesis, para anunciar que estou velha, e já posso usar este termo hediondo), não existiam lenços perfumados. Nem Geox, e assim. Terrível. Ainda estou para saber que cheiraríamos nós. )
Eu cheirava as minhas camisolas. Encostava ao nariz a curva do cotovelo e ficava assim, a cheirar o detergente que a minha mãe usava :):)
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