quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Da noite precoce...

Vou agora abandonar o estaminé. Não de vez, mas pelo menos até amanha. Eis uma das coisas que abomino no Inverno. Talvez a única. A escuridão que nos rouba os dias, cedo demais. Gosto da noite. Não me confunde, não me assusta. É-me muitas vezes excelente conselheira. Sim, porque eu passo a vida a aconselhar, mas ainda assim, por vezes ( mas só por vezes), também preciso que algo, ou alguém me aconselhe. Mas sou esquisita nesse aspecto. Não me contento com qualquer conselho. Não aceito qualquer palavra. Oiço, se os tiver pedido, com calma, e sem resignação. Mas, se alguém ousar emiti-los, sem solicitação prévia da minha pessoa, assumo uma postura um tanto ou quanto altiva, e não ligo. Não sou boa de aconselhar, admito. É uma fraqueza, como outra qualquer. Por isso, elejo a noite, a almofada, e outras maravilhas da natureza. Mas ainda assim, e gostando dela, gosto também de abandonar o meu local de trabalho e encontrar pássaros na rua, luz nos caminhos, e outras particularidades do dia. Eu e a mania de exigir perfeições que não existem, nem aqui nem na Lua. Mas eu, que sou dos sonhos, ando no encalço dela. Ela julga que me foge, tadita.

1 comentário:

  1. Diz-se que quem procura sempre encontra.
    Obrigado pelo comentário sobre as músicas :)

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