terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Doces momentos

Quando me dão um doce, tenho por hábito guardá-lo para o meu filho. Não que ele precise, que como qualquer criança de sua idade come que chega e que sobra. Mas é um hábito, uma dedicação. Vem-me do crescimento, julgo poder dizê-lo. A minha mãe guardava sempre tudo para mim, embora numa escala muito mais reduzida. E não o fazia só nos doces, mas em tudo. Os tempos eram outros, e o carapau era só um, para mim e para ela. Eu comia os lombos, ela rapava os restos. Ser mãe também é isto. Ser pai também deve ser giro, mas julgo que não é bem a mesma coisa. Não quero com isso dizer que estamos certas e eles errados. Nem sequer que não existem as devidas excepções e particularidades. Simplesmente ser mãe tem incutido aquela coisa da excessiva protecção, do excessivo cuidado, da excessiva preocupação, do excessivo amor. Tudo em excessos e ao mesmo tempo, na exacta medida que devem ser dados. Existem coisas, que ainda que em demasia, nunca são verdadeiramente demais.

4 comentários:

  1. Gostei muito deste post ☺ talvez por hoje, quase 20 anos volvidos, sentir cada vez mais a falta que esse amor faz: o da minha mãe.
    Não sou mãe, mas acredito que seja mesmo isso que dizes. Não sou das que acha que é tudo um exagero, tentando colocar algum controlo no amor que as minhas amigas têm pelos filhos. Amor de mãe, em excesso, também nunca é demais. Tudo o que poderá ser considerado demais, não poderá ser considerado de Amor...

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  2. Tb sou mãe, felizmente, e é isso tudo. Não sendo possessiva, sou protetora. Gosto de lhe dar autonomia, mas gosto de o saber são, seguro e feliz. O bem estar dele é a maior preocupação.

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  3. :) Baggio, admito que sim. É apenas uma suposição que pode estar simplesmente errada :)

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